O Tribunal do Júri condenou Gabriel Lucas Passos a uma pena de 26 anos, 8 meses e 10 dias de reclusão pelo homicídio brutal de sua filha de apenas 2 meses. A tragédia revela um cenário de omissão e violência que deixou a população atônita.

A denúncia, apresentada pelo promotor Eduardo Silva Prego do Ministério Público de Goiás (MPGO), alega que, em 12 de setembro de 2022, Gabriel Passos não impediu que a mãe da bebê a agredisse. Os terríveis atos resultaram em hematomas disseminados pelo corpo da criança, levando-a a uma morte prematura.

No decorrer do julgamento, a promotora Ana Luísa Monteiro Sousa detalhou que o casal, acompanhado por uma terceira pessoa, havia ingerido álcool e drogas em um bar, enquanto a pequena vítima chorava. O retorno para casa não trouxe alívio para a criança, que continuou a ser vítima de agressões da mãe, resultando em sua morte.

Sousa enfatizou a omissão crítica do réu diante dessa tragédia, ressaltando que sua falta de ação contribuiu diretamente para a fatalidade. Presidindo o júri, a juíza Beatriz Lopes Zappalá Pimentel determinou uma sentença rigorosa, com execução provisória da pena em regime fechado, e destacou que cabe recurso.

A mãe, que à época era menor de idade, foi representada pelo MP por ato infracional e atualmente cumpre medida socioeducativa de internação, fixada em 3 anos desde 26 de outubro de 2022.

O desfecho deste julgamento não apenas busca justiça para a vítima inocente, mas também ressalta a importância da responsabilização em casos de negligência e violência contra crianças. A comunidade de Nazário agora se confronta com a dolorosa realidade de uma família marcada por uma tragédia que poderia e deveria ter sido evitada.